sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Descansa um pouquinho vai!

“Espera em Deus, pois ainda o louvarei.” (Salmos 42.5.)

Durante a guerra civil americana, num determinado dia, houve um momento de trégua, em que os dois exércitos inimigos se achavam em certo lugar, postado um diante do outro. Entre eles havia uma campina. De repente, um pequeno pássaro marrom saiu voando de uma moita, subindo para o céu. No alto, distante, mais parecendo um pontinho escuro no céu azul celeste, ele se pôs a entoar uma linda melodia. Era um canto belíssimo, cujo segredo somente a cotovia conhece. E os olhos daqueles homens calejados se encheram de lágrimas. Os corações endurecidos se tornaram ternos e compassivos. Havia um Deus que cuidava deles. Ainda poderia haver esperança para a humanidade.
A esperança é como uma cotovia num campo de batalha. Se estiver presa numa gaiola, ainda que dourada, ela não canta. Se estiver cercada por uma atmosfera de luxo religioso, ela não ganha as alturas. Todavia as almas fortes, que destemidamente se expõe ao perigo no campo de batalha da vida, seja por causa de Deus ou de seu próximo, ouvem a musica da esperança. E com isso elas se alegram e se fortalecem.
Aqueles que mantêm a esperança quando aparentemente possuem poucas razões para isso dizem:
“Então, a nossa boca se encheu de riso, ficamos como quem sonha!”
A maré pode mudar; o vento pode se tornar favorável. Sempre estamos ouvindo falar que as coisas mudam. Isso já aconteceu no passado.

“Esperando contra a esperança”, Senhor, aguardo.
Mesmo diante de portões fortemente gradeados,
A esperança nunca diz: “É tarde demais!”
Por isso, Senhor, em ti espero!

Espero Senhor, embora a noite seja longa.
Espero o raiar de um novo dia.
A manhã deve chegar com um cântico,
Pois “na esperança, fomos salvos”.

“Espera, pois, pelo Senhor!”


Manaciais No Deserto

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