domingo, 25 de setembro de 2011

Eles não deram valor a própria vida

Durante o reinado do Imperador romano Marco Aurélio, os cristãos sofreram duras perseguições. Certo dia o próprio monarca determinou o castigo de quarenta homens que se recusaram a se inclinar diante da imagem dele. "Tirem a roupa"! Ordenou ele. Eles tiraram. "Agora vão e fiquem de pé ali naquele lago congelado," continuou o Rei, "até que se disponha a abandonar esse seu Deus nazareno!".
Os quarenta homens, completamente nus, naquela fria noite de inverno, com ventos assobiando a sua volta, saíram em direção ao lago.
Assim que pisaram sobre o gelo, ergueram a voz e se puseram a cantar; “Cristo, quarenta dos teus guerreiros vieram lutar por Tí, para conquistara vitória e receber de Tí a coroa.”
Depois de alguns instantes, os que assistiam a cena perceberam uma agitação no meio dos homens. Um deles saiu do grupo, correu em direção ao Templo romano, entrou e se prostrou diante da imagem do imperador.
O capitão da guarda, que testemunhava a coragem daqueles cristãos e sentira o coração tocado pelos ensinamentos deles arrancou o capacete militar. Em seguida atirou ao chão sua lança, tirou a roupa toda e foi ficar no lugar do homem que havia fraquejado, pondo-se a cantar com os outros. A recompensa não demorou a vir. Assim que o dia raiou viram-se quarenta cadáveres sobre o gelo.
Quem de nós poderá pensar em desertar se somos conduzidos por nosso Capitão?
Sabemos que, durante o reinado de Nero, pelo menos mil cristãos foram queimados vivos. O Imperador mandava que os vestissem com roupas molhadas em piche e depois lhes ateassem fogo. Assim eles se tornavam verdadeiras tochas humanas para iluminar os jardins do Imperador. Cada dedo era uma vela.
“Quem seguirá o exemplo deles”?
Estou de pé, Senhor!
Mas um nevoeiro embaça a minha visão.
E à minha volta, à frente, à esquerda e à direita,
Há rochas pontiagudas, baixas, enormes, indistintas na escuridão.
Mostra-me o caminho!

Estou de pé, Senhor!
As rochas escuras me cercam por de trás.
E no alto, um vento uivante congela e oprime meu coração e minha mente.
Estou com medo!

Estou de pé, Senhor!
A rocha em que piso é dura.
E quase escorreguei no gelo.
Estou tão cansada, Senhor, onde posso me sentar?
Tenho que continuar em pé?

Ele me respondeu e, em seu rosto,
vi uma expressão de inefável graça,
De amor perfeito e compassivo,
Que silenciou minha murmuração.

Estou de pé, Senhor!
E desde que Tú falaste, percebi.
Que estás ao meu redor cercando-me.
Essa rocha és Tú!
E como teu amor me envolve,
Permaneço de pé e canto!
Betty Stam (morta na China, por causa da fé em Cristo).

Mananciais no deserto.

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